De segunda a sexta-feira, negociadores e técnicos dos dois blocos se reunirão em Bruxelas naquela que será a sexta rodada de trabalho desde a retomada dos contatos, em maio do ano passado, sem que tenham sido obtidos avanços nos assuntos-chave para liberalizar a troca de bens e serviços.
A parte europeia confia em continuar a negociação dos aspectos do acordo relativos às normas e não relacionados diretamente com as ofertas de acesso a mercados, como podem ser os capítulos de barreiras não tarifárias, facilitação do mercado ou concorrência.
Um dos principais obstáculos para que UE e Mercosul comecem a propor ofertas para a entrada de seus produtos nos mercados são as preocupações dos produtores europeus sobre o possível impacto negativo do tratado na agricultura comunitária.
Países como França e Irlanda manifestaram suas preocupações, mais concretamente, no setor de carne bovina, que poderia sofrer grandes perdas ao concorrer com as importações dos países do Mercosul em um tratado de livre comércio.
Nesse contexto, o comissário europeu de Comércio, Karel De Gucht, se reuniu na sexta-feira (01/07) com o ministro da Agricultura do Uruguai, Tabaré Aguerre - cujo país preside atualmente o Mercosul. Tentando tranquilizar os produtores agrícolas, a Comissão Europeia pediu estudos econômicos sobre o impacto que esse acordo poderia ter na indústria agropecuária europeia.
Essas avaliações de impacto serão concluídas em breve e enviadas para análise aos estados-membros e ao Parlamento Europeu, instituição que não pode modificar os detalhes da negociação do texto, mas sim respaldá-lo ou repelí-lo assim que estiver fechado.
Nenhum comentário:
Postar um comentário