No manejo racional, focado no bem estar animal, procura-se entender como os bovinos percebem o ambiente ao seu redor e por que se comportam de determinadas formas.
Há um novo conceito na lida com o gado, o qual foca a associação do vaqueiro com o bem estar animal. Nele, há que se conhecer o comportamento dos animais e aliá-lo às boas técnicas de manejo.
Desde sua domesticação, os animais que compunham o rebanho eram selecionados, dentre outras características, pela facilidade de manejo e docilidade. No entanto, os bovinos mantêm comportamentos defensivos, muitas vezes, interpretados como agressividade, levando o homem a trabalhar também de forma agressiva, o que prejudica a produtividade do rebanho já que o estresse é fator determinante nesse sentido.
O comportamento agressividade ou alta reatividade de um bovino pode ser apenas o reflexo de uma situação desconfortável, gerada por uma estrutura com erros de construção, percepção do animal de um barulho estranho, ou a presença de um cachorro, ou mesmo a impaciência das pessoas na condução do trabalho. Nesse contexto, o que antes era visto como maldade do animal, deve ser compreendido como um comportamento defensivo de medo.
No manejo racional focado no bem estar animal, o treinamento do pessoal deve ser realizado com o objetivo de levar à equipe de trabalho conhecimento sobre como os bovinos entendem o ambiente ao seu redor e por que se comportam de determinadas formas. A informação derruba muitos mitos arraigados no campo e modifica as relações entre o homem e o animal, porque agora aquele entende por que este responde de determinada forma frente a certos estímulos.
A partir daí, com a implantação das técnicas desse manejo, é possível reduzir os problemas de contusão de carcaças, traumas, acidentes de trabalho, o tempo de execução de serviços rotineiros e, principalmente, tornar a fazenda um lugar agradável, além de os currais passarem a ser verdadeiros centros de manejo.
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